Depois de um escândalo de vazamento de dados de mais de 87 milhões de usuários do Facebook, a Cambridge Analytica abriu um pedido de concordata depois de perder seus clientes devido à polêmica. O procedimento que a empresa seguiu para peticionar a bancarrota é geralmente utilizado quando uma empresa está em vias de fechar e liquidar seus ativos para pagar aos seus credores. E também sua controladora britânica SCL Elections estão encerrando as atividades imediatamente.
A Cambridge Analytica foi criada por volta de 2013, com foco inicialmente nas eleições dos Estados Unidos, tendo o apoio de 15 milhões de dólares do bilionário doador Robert Mercer e um nome escolhido pelo futuro conselheiro da Casa Branca de Trump, Steve Bannon, informou o New York Times.
A Cambridge Analytica se comercializou como fornecedora de pesquisa de consumo, publicidade direcionada e outros serviços relacionados a dados para clientes políticos e corporativos.
Depois que Trump ganhou a Casa Branca em 2016, em parte com a ajuda da empresa, o presidente-executivo da Cambridge Analytica, Alexander Nix, foi a mais clientes para apresentar seus serviços, informou o NYT no ano passado.
A empresa se gabou de que poderia desenvolver perfis psicológicos de consumidores e eleitores, o que era um “molho secreto” que costumava influenciá-los de forma mais eficaz do que a publicidade tradicional.
E agora tudo mudou, das mil maravilhas a falência total. “O assédio de cobertura da mídia afastou praticamente todos os clientes e fornecedores da empresa”, disse o comunicado da companhia. “Como resultado, foi determinado que não é mais viável continuar operando o negócio, o que deixou a Cambridge Analytica sem uma alternativa realista para colocar a empresa na administração.”
Uma declaração no site da Cambridge Analytica datada do início do mês de maio já adiantava a situação que a empresa se encontrava, explicando que a consultora deixaria de operar por ter perdido praticamente todos seus clientes e fornecedores.
A empresa foi acusada de usar indevidamente dados pessoais de usuários do Facebook, incluindo o próprio Mark Zuckerberg, para influenciar eleitores estadunideneses no processo eleitoral que elegeu Donald Trump, além do referendo que votou o Brexit na Europa.
Na época, o Facebook permitia que os desenvolvedores de aplicativos em sua plataforma coletassem dados não apenas daqueles que haviam consentido diretamente, mas também de amigos dessas pessoas. Desde então, reforçou sua política de dados.
Fonte: The Independent
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