O Facebook vem realizando pesquisas de mercado nas últimas semanas para determinar se uma versão sem propagandas e paga através de assinaturas estimularia mais gente a entrar na rede social, segundo pessoas a par do assunto.
A empresa já havia estudado essa opção anteriormente, mas agora existe um impulso interno maior para concretizá-la por causa do recente escândalo do Facebook relativo à privacidade dos dados, disseram as pessoas. Os planos não são sólidos e talvez não avancem, de acordo com as pessoas, que pediram anonimato porque as discussões são privadas.
Será que será lançada versão sem publicidade no Facebook ?
O Facebook preferiu não comentar a possibilidade de um serviço sem propagandas baseado em assinatura. O CEO Mark Zuckerberg e a diretora de operações Sheryl Sandberg passaram boa parte da conferência sobre os resultados do primeiro trimestre divulgando os benefícios da rede patrocinada por anúncios, que, segundo eles, possibilita que a empresa chegue à maioria das pessoas, em todos os níveis de renda. Mas esta não é a única maneira de administrar a companhia.
“Sem dúvida, pensamos em muitas outras formas de monetização, inclusive assinaturas, e sempre continuaremos considerando tudo”, disse Sandberg.
Durante seu depoimento no Congresso dos EUA no mês passado, Zuckerberg deixou a porta aberta para a opção da assinatura. “Sempre existirá uma versão do Facebook que seja gratuita”, disse ele.
Zuckerberg há muito tempo considera essa alternativa – não para substituir o modelo de negócios da rede social, mas para remover um motivo comum apontado pelas pessoas como causa para abandonar o serviço. A empresa gerou praticamente todos os seus US$ 41 bilhões em receita no ano passado com a venda de propagandas segmentadas com dados de usuários. Pesquisas internas da empresa nos últimos anos concluíram que os consumidores não seriam receptivos a uma opção de assinatura, porque considerariam o Facebook ganancioso ao pedir dinheiro por algo que a companhia afirmou que seria sempre gratuito, disseram as pessoas.
Novos estudos estão feitos porque, na percepção do Facebook, o comportamento está mudando. Os usuários estão mais preocupados com questões como privacidade e compartilhamento de dados. O caso Cambridge Analytica certamente tem ligação com isso: a desconfiança com relação à rede social aumentou consideravelmente após o escândalo.
Se de modo eficaz ou não, o Facebook vem adotando medidas para melhorar a sua imagem, como o combate às fake news e a priorização do conteúdo dos usuários no feed de notícias. Uma versão paga pode se juntar a elas, mas as chances são remotas: por ora, o assunto está apenas sendo estudado.
De uma coisa você pode ter certeza: o Facebook não vai fazer grandes mudanças em seu modelo de negócio com publicidade. A companhia teve lucro de quase US$ 5 bilhões só no primeiro trimestre do ano, com a quase totalidade desse montante tendo como base os anúncios.
Fonte: Gadgets 360
Empreendedor digital, e redator do portal de noticias iTecnews e do blog ExplosãoPromo. A sua experiencia com Deus é coisa mais importante que você tem.