Novo recurso | Spotify pode deixar que usuários gratuitos pulem anúncios

O Spotify agora está testando um novo formato de publicidade que vai permitir que os anúncios reproduzidos entre as músicas sejam pulados pelos usuários gratuitos. A ideia, em si, já deve ser comemorada por muita gente e faz parte de um esforço da empresa, por incrível que pareça, fomentar a exibição de propagandas relevantes, que os ouvintes desejem escutar até o final.

Spotify

O projeto foi batizado de “Active Media”, que prevê a criação de algoritmos baseados em interesse, mais ou menos como acontece em todas as redes sociais atuais. Os artistas e músicas preferidos de cada usuário serão levados em conta, assim como as propagandas puladas e o tempo que cada ouvinte levou para fazer isso, como forma de criar um perfil que será cruzado com a oferta de publicidade da plataforma para exibir apenas reclames relevantes ao utilizador.

Essa nova iniciativa é ambiciosa, já que, de acordo com o Spotify, os anunciantes não precisarão pagar pelas propagandas puladas. Além disso, elas não precisarão ser ouvidas por um limite mínimo de tempo, podendo ser dispensadas imediatamente após o início da reprodução. É o contrário do que acontece com o YouTube, por exemplo, que exige alguns segundos de atenção antes de um vídeo e debita valores do orçamento mesmo quando o usuário não está interessado.

Com objetivos de fazer com que as propagandas entre as músicas deixem de ser um incômodo e passem a ser parte integrante da experiência – afinal, ninguém gosta de ter aquela playlist trevosa e pesada interrompida por uma música alegre e com ritmos animados. A boa notícia deve agradar usuários e, também, anunciantes, que passam a ter acesso a uma audiência segmentada e que estaria mais interessada no que eles têm para oferecer.

Já, nos testes que estão acontecendo exclusivamente na Austrália, o Spotify utiliza uma versão adaptada de seu sistema de inteligência artificial, responsável por indicar músicas, artistas, listas e atrações aos usuários. A empresa considera que a tecnologia é madura o suficiente para agora ser usada também para ampliar a monetização.

O serviço já testou outras maneiras de engajar os usuários gratuitos com os anúncios, como a oferta de 30 minutos ou mais de música ininterrupta em troca da reprodução de uma propaganda mais longa. Ofertas de um mês gratuito do pacote Premium, que não conta com anúncios, também faz parte do rol de artimanhas da empresa para levar seus utilizadores a pagarem mensalidades que, no Brasil, saem a partir de R$ 16,90.

Por fim, ainda sim, estamos falando de testes que não têm previsão para serem aplicados em outros países e, muito menos, se tornarem uma realidade para todos os usuários. A companhia também tem outros fatores para levar em conta aqui, como por exemplo a vontade de converter seus mais de 180 milhões de usuários gratuitos em membros pagantes – algo que pode ser desacelerado pela possibilidade de pular anúncios. Resta saber se as propagandas mais direcionadas e relevantes compensarão essa possibilidade.

Fonte: MacRumours

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